Duas semanas após a guerra em Hogwarts, os Weasleys, Harry e Hermione estavam sentados na sala d’A Toca, em silêncio quando Gina se solta dos braços de Harry e quebrando o silêncio diz: 
- Você não tem que continuar com isso, Jorge. – Todos moveram a cabeça em direção a Gina rapidamente. – Fazem duas semanas que você não come, não fala, não se olha no espelho.  
- Você não entende, Gina. 
- O que? Fred era o meu irmão também! Ou você acha que estamos todos felizes? Muita coisa aconteceu, muitas pessoas que nós gostavamos morreram, mas continuamos uma família. Nós temos um ao outro. – Harry se sentiu um pouco culpado pela frase “muitas pessoas (..) morreram”. 
- Há uma diferença entre vocês dois, você.. ele está em nossos corações, e em cada pedaço seu, eu sei mas.. 
- Menos na orelha. – Disse Ron interrompendo a irmã. – Digo, você é o gêmeo mouco, não é? – Todos sorriram, pela primeira vez, depois de duas semanas. 
- É, eu sou.  – O “gêmeo mouco” disse com um sorriso no canto da boca. 
                 Após algumas horas, Jorge entra no quarto de seus pais e exclama ofegante: 
- Tenho que abrir a Gemialidades Weasley novamente. 
- O quê? Mas, como? – Disse Molly. 
- Eu acho que Fred iria querer isso. Foi o que nós sempre sonhamos, mãe, e finalmente nós conseguimos a nossa loja, eu não posso fechá-la, ele vai ficar chateado. 
- Jorge... Eu vou pensar. 
                  Ele sentia que sua ideia seria reprovada pela mãe, mas, o que importava? Ele e o irmão tinham construído a loja dos sonhos, tinham trabalhado por anos para abri-lá, e simplesmente agora iriam fechá-la? Bem, mas ele tinha que falar com Fred. De alguma maneira. 
                                                                             ooo
 - Harry? – Jorge foi entrando e viu Gina nos braços dele, não quis comentar e apenas o chamou de novo, como se não tivesse visto nada. – Harry você está aí? 
- Estou indo, estou indo. – Já volto, sussurou para Gina. – Jorge? 
- Oi, é.. Eu queria falar com você, não sei como, ah.. 
- Sem problemas, continue. 
- Ok, vou ser direto. Onde você deixou  a pedra da ressuirreição Harry? 
- Eu não sei. – Jorge segurou Harry pela gola da camisa e disse:
- Eu vou perguntar de novo Harry. Onde está a pedra da ressurreição? 
- Me solte. – Jorge o soltou e ele continuou – Eu não sei, a joguei na Floresta Proibida, há duas semanas atrás. E olhe, eu sei porque você quer a pedra, não vale a pena, sabe? É melhor deixar tudo como está, você não leu o conto? Não vai dar certo.. 
- Era tudo que eu precisava. Muito obrigado Harry, desculpe, não estou muito bem hoje. 
- Tudo bem.  
                              Harry desceu as escadas e encontrou Ron e Mione sentados no sofá conversando. 
- Nossa Harry, o que aconteceu, viu um fantasma? – Perguntou Ron. 
- Não. Não ainda. – Rony olhou para Hermione, que, por incrível que pareça não parecia estar entendendo nada, assim como ele. Harry percebeu que os amigos não estavam entendendo nada e apenas falou: 
- Olhe, esqueçam, não é nada. Nada mesmo. – Molly interrompeu-os chamando para o jantar.
- Ora, mas onde está Jorge? JORGE, O JANTAR ESTÁ PRONTO, VENHA! – Pouco a pouco, cada Weasley ia chegando e sentando na mesa, exceto por Carlinhos, que permanecia na Romênia e havia vindo visitar a família para o velório de Fred. 
- Vocês já sabem da novidade? O novo ministro assumiu o cargo hoje. – Disse Arthur.  – Percy sabe quem é.  – Pai e filho se entreolharam. 
- Não, não me diga que Percy virou ministro, porque se foi, acho que vou fazer companhia ao meu irmão Carlinhos na Romênia. – Disse Ron em tom de brincadeira, que agora, com a ausência constante de Jorge e permanente de Fred, havia virado o palhaço da família. Hermione e Gina abafaram uma risadinha. 
- Ora Ronald! Mas é claro que não. – Sem ofensas Percy. – Mas o novo ministro da magia é.. é.. é.. 
- Pai, não precisa fazer suspense, não estamos tão interessados quanto parecemos. – Disse Gui. 
- Shackebolt.  
- Oh, Arthur, mas que notícia maravilhosa! E onde está Pio Ticknesse? 
- Finalmente acharam o seu corpo hoje pela manhã. Estava na Floresta Proibida. Dizem que parece ter sido meio devorado por algum bicho de lá. Estava dilacerado. 
- Arr.. Mas que horrrible.. Isse nón son horras.
- Eca! 
- PAI!
- Ok, desculpem. 
                  Acabado o jantar todos se dirigiram aos seus quartos, mas antes Molly passou no quarto de Jorge, e viu que o filho não estava. 
- Arthur, Jorge não está em casa. – Disse apreensiva. 
- Se acalme Molly, todos sabemos que ele não está bem. Provavelmente saiu para dar uma volta, esfriar a cabeça. 
- Você acha que ele vai ficar bem? Tenho andado tão preocupada com meu Jorginho.. 
- Sim, claro que vai. Agora vamos dormir, estou morto, muito trabalho no ministério. 
                                                                   ooo
- Onde está.. Onde está.. – Jorge sentiu uma coisa estalar em baixo do seu pé. Olhou esperançoso, procurando pela pedra, mas se decepcionou ao ver que era apenas um graveto. – Ah mas que droga! Eu preciso desta maldita pedra. Accio Pedra da Ressureição! – Nada aconteceu. – Ah, vamos lá, apareça. Accio Pedra da Ressureição. – Novamente, nada aconteceu. Ele chutou o tronco de uma árvore e várias aranhas saíram dela. – Magrelo, feio, cego, e ainda tinha de ser burro! Já não bastava ter quebrado a varinha mais poderosa do mundo? Não, não! Tinha que jogar a pedra. Não importa Fred, eu vou conseguir encontrar você. Só não sei quando. 
- Falando sozinho, Jorge? – Uma voz grossa. 
- O quê? – Ele olhou para cima, viu uma coisa absurdamente grande e peluda, com algumas cicatrizes no pescoço. – Hagrid! – Os dois se abraçaram, apesar de Jorge não estar muito feliz com a presença do meio-gigante. 
- Então, o que trás você aqui? – Jorge não parava de olhar para o pescoço de Hagrid. – Ah sim, algumas cicatrizes que os comensais me deixaram naquela noite, você sabe.. 
- Sei, sei bem. Oras, o que você faz aqui? 
- Bem Jorge. Eu moro aqui. – Jorge ficou atrapalhado por um instante.
- É claro! – Deu uma risadinha falsa. – Era brincadeira, grandalhão. 
- Sempre com o mesmo senso de humor, não é? Olha, você não quer ir na minha cabana e tomar um chá? Eu poderia chamar McGonagall e.. 
- Eu adoraria Hagrid, de verdade. Mas eu, eu tenho que voltar para casa, mamãe deve estar preocupada. 
- Ah sim, sim. Ótimo ver você, Jorge. 
- Igualmente. – Assim ele aparatou até a cozinha d’A Toca e andou até a sala, onde a mãe se encontrava adormecida no sofá. Ele foi andando lentamente e ao encostar no primeiro degrau na escada, fizera um rugido e sua mãe acordara. 
- Jorginho, é você? – Ela se virou. – JORGE WEASLEY, ONDE VOCÊ ESTAVA? ESTOU HÁ HORAS ESPERAND POR VOCÊ, NEM UM BILHETE, NENHUM RECADO? VOCÊ ACHA QUE EU NÃO FICARIA PREOCUPADA. – Disse ela batendo nele com a almofada do sofá. – COMO... SE... ATREVE... A FAZER... ISSO... COM... SUA... MÃE.. 
- Mãe! Eu só fui andar, tomar chá na casa de Hagrid, pergunte a ele se eu não estive lá, ok? Agora eu vou dormir. Boa noite. – Assim subiu as escadas e deixou a mãe paralisada. E falou para si mesma:
- Jorge já não é o mesmo. 
Oi, estou seguindo o blog vou acompanhar a história.
ResponderExcluirEu também escrevo, mas o livro é meu mesmo, acabei há pouco tempo e postei 4 capítulos no meu blog.
Beijão