quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Capítulo 6 - Você quer namorar comigo?


                               Naquele dia, Jorge se cansou de esperar a resposta de sua amada e foi para o Beco Diagonal, número 90. Sua loja. Ela ainda estava meio empoeirada, pois apesar de ele e sua mãe terem dado um trato nela, não haviam permanecido lá, para limpá-la todos os dias e a loja estava suja novamente.
- Reducto! – Ele lançava feitiço em cada poeirinha que se espalhava na loja, mas isso não parecia estar dando muito certo. Ele estava fazendo esforço para lembrar os feitiços que sua mãe havia o ensinado, mas parecia não estar fazendo efeito, até que ele saiu da loja e se dirigiu a uma casinha bem perto da Gemialidades. Era uma casinha pobre, vermelha com o teto verde, ele bateu na porta e esperou que uma velha com aspectos horríveis fosse o atender. Ela vestia um suéter, com uma saia e meia três quartos, uma chinela de dedo e andava com o auxílio de uma bengala.
- Sra. Garamond? – Ele perguntou meio sem jeito
- Sim, sim. O que você quer, muleque?
- Bom, prazer – Ele esticou a mão para fazer cumprimento a velha que não o correspondeu e ele colocou a mão nos bolsos – Eu sou o dono da Gemialidades Weasley – Ele apontou em direção a loja – Bem, é que depois da guerra em Hogwarts, meu irmão gêmeo e sócio foi morto e eu passei um tempo sem freqüentar a loja e eu queria contratar os seus serviços, a loja não está muito suja porque eu e minha..
- Sim, sim, não me importa, tolos, lutando para nada – Ela se virou e gritou o nome de uma mulher que logo se adiantou limpando as mãos nas vestes, estendendo a mão e fazendo um cumprimento á Jorge.
- Oi, prazer, sou Matilde Garamond – A velha entrou na casa e ali sumiu – Você deseja um serviço de limpeza então? Para que horas? – Ela era filha da sra. Garamond, de longe mais bonita e educada do que a mãe.
- Eu aceitaria se pudesse ser agora.
- Agora? Sim, sim, vamos ver quem temos aqui, só um minuto – Ela entrou na loja e Jorge ficou um pouco confuso, quanta bagunça dentro de uma loja de limpeza, ele estava prestes a desistir após passar trinta minutos esperando quando Srta. Garamond volta arrastando uma mulher baixa, com um lenço na cabeça.
- Aqui Sr...
- Weasley, Jorge Weasley.
- Esta é Dolores, é muito boa, foi a melhor que encontramos para trabalhar agora. Bem o serviço vai sair por trinta galeões a diária, se quiser contratá-la amanhã, mais trinta galeões, espero que goste. – Ela bateu a porta e Jorge se viu de frente a uma mulher baixinha, que parecia estar bem envergonhada.
- Err.. Bem, siga-me. – Os dois andaram um pouco até chegar na Gemialidades
- Ah! Você é um daqueles gêmeos que sempre passavam na loja, quando sua mãe vinha pedir coisas domésticas, não é? Vocês sempre aprontavam alguma, era engraçado até. Gosto de você. Mas, cadê o outro?
- Obrigado. Morreu. Guerra em Hogwarts, você sabe.
- Ah. Meus pêsames. – O “gêmeo mouco” queria mudar logo de assunto então disse:
- Bem, eu não entendo nada de limpeza. Você limpa aí do jeito que achar melhor, mas sem quebrar nada, tudo são relíquias. E se eu fosse você ficava longe das Bombas de Bosta e todas as outras coisas que explodem. Está vendo aquele boneco que vomita balinhas? Então, aquilo é uma vomitilha, não o coma se não gostar muito de vomitar. – Ele foi mostrando cada pegadinha da loja, e como ela deveria se prevenir, ela parecia adorar a loja, e estava achando tudo muito engraçado, e muito criativo da parte dele. Ela sempre gostou dos gêmeos, mais do que todos os outros da família, Molly sempre passava na loja quando ia comprar o novo material escolar dos meninos, ela sempre gostou de cozinha e coisas domésticas, a loja da Sra. Garamond era um paraíso para ela assim como a Dedos de Mel e a Zonko’s era para os filhos. Fred e Jorge sempre faziam brincadeiras e pegadinhas com todos da loja, talvez Dolores já tivesse sido vítima, mas o gêmeo sequer lembrava de um dia ter a visto por aí.
- Tudo certo Sr. Jorge. Pode confiar.
- Ok. Está quase na hora do almoço, minha mãe me espera, boa sorte! – Assim ele aparatou até um vilarejo próximo A toca. Comprou um doce que a família adorava e foi andando até sua casa, que ficava bem próxima dali, foi admirando a paisagem, pensando em Angelina. Apesar do sonho horrível o seu dia estava muito bom, só precisava da resposta de Angelina e ficaria completo.
- Mãe, cheguei! – Disse fechando a porta. Sua mãe se dirigiu a ele e lhe deu um beijo, vendo a sacola em seus braços perguntou:
- O que é isso?
- Doce de abóbora. O nosso preferido.
- Oh! Muito obrigada Jorginho, agora vá, vá. Troque suas roupas, tome um banho e venha que o almoço está quase pronto.
- Contratei uma mulher, Dolores, para limpar a loja.
- Jorge, você deixou a loja com uma desconhecida?
- Não. Ela é da Sra. Garamond, disse que me conhece, que lembra de Fred e eu fazendo pegadinhas quando você ia comprar nosso material escolar.
- Ah sim! Dolores, sim, claro lembro dela. Uma pessoa de confiança, deveria deixá-la limpando a loja por um tempo, enquanto você não aprende todos os feitiços de limpeza que eu o ensinei.
- Mamãe, eu não preciso disso. Vou ser bem rico, posso pagar funcionários. – Os dois riram e assim Jorge foi tomar seu banho e trocar de roupa, ao sair do banheiro sentiu uma pancada forte na cabeça e caiu no chão. Havia penas na sua boca.
- Errol. Foi o que eu pensei. Dê-me a carta. – A coruja devolveu a carta e bateu as asas para levantar vôo. – Não, não, não. Pare! Não quero que quebre o vidro da janela. – Jogou a coruja da janela para que ela levantasse vôo mas a coruja caiu no chão. Jorge riu, mas a coruja não se levantou. – ERROL? VOCÊ ESTÁ BEM? – A coruja piou e foi-se embora. Jorge ficou rindo até que lembrou que havia recebido uma carta. Angelina!
                                                       “Olá, Sr. Jorge, constatamos que você contratou o nosso serviço de limpeza para hoje. Uma diária sairá por trinta galeões para limpar a loja “Gemialidades Weasley” Beco Diagonal, número 90. Esperamos que goste do nosso serviço.
                                                                                  Loja e Limpeza Garamond.“
- Ah mas que droga. Alimentei falsas esperanças. Afinal, onde você está Angelina? Por que não me responde? – Ele sentou em sua cama e ficou observando o chão, lembrando de Errol. – Coruja patética! – Até que viu uma outra carta, bem pequena onde ele havia caído. – Tem que ser, tem que ser. – Ele pensou em voz alta.
                                                          “Onde? A que horas? A.”
- Uhul! Yeah! – Ele derrubou coisas
- Está tudo bem aí? – Harry passava pelo quarto e ouvindo o barulho resolveu perguntar.
- Está, está. Tudo ótimo – Jorge gritou.
                                                            Aparate n’A toca quando der 4:00 da tarde, todos aqui estarão dormindo, mas você precisa ser pontual, vou estar esperando você a essa hora e te levarei para um canto perto daqui. J.”
                                                     Ele foi até o quarto de Ron e bateu na porta.
- Ronald, pode me emprestar Pichí? Estou cansado do Errol. – Ron abriu a porta e entregou Pichí.
- Aviso logo, esta coruja não serve de nada, espero que seja uma carta, e uma carta pequena, bem leve, se não ela não vai conseguir chegar até lá.
- Feito. – Ele enviou a carta e desceu para almoçar com a sua família.
                                            Após o almoço Jorge foi até sua loja ver se estava dando tudo certo. Dolores cantarolava músicas que sua mãe gostava até que ele interrompeu-a
- Ram, Ram – Ele pigarreou
- Ah, oi Sr. Jorge. Está tudo certo aqui, pode ficar tranqüilo.
- Tudo bem, só passei para dar uma olhada, está ficando ótimo Dolores, muito obrigada, minha mãe mandou seus cumprimentos. – Molly não havia mandado nenhum cumprimento mas ele sabia que seria educado falar isso. – Está na hora de eu ir já. Muitas coisas a resolver. Fui. – 3:59 ele aparatou na porta d’A toca e alguns minutos depois Angelina chegou, o beijou mas Jorge apenas pegou sua mão e foi andando sem falar nada.
- Jorge? Aconteceu alguma coisa? Jorge, me responda! – Ela foi gritando com ele, tentando se soltar, mas ele não falava nada, apenas a carregava. Chegaram em um lago muito próximo da casa até que ele se ajoelhou e disse.
- Angelina Johnson, eu não sei como te falar isso, mas eu estou apaixonado. Você quer namorar comigo?
- Jorge.. Eu..  

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