quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Capítulo 9 - Pronta?

                               Estavam todos sentados no sofá na sala, acabados. O Sr. Weasley entra na sala repentinamente, deixa seu chapéu ao lado da porta e se dirige a sala, ao ver todos deitados fala:
- Por que estão todos aqui? – Todos se levantam e começam a o bombardear com perguntas sobre Fleur e o bebê – UM DE CADA VEZ! – Todos se calaram – Fleur e o bebê já passam bem, obrigado. O horário de visitas é de 15:00 ás 15:50, então acho que todos vocês ainda têm tempo suficiente para tomarem um banho e dormir um pouco. Olhem só vocês!
- Mas ela vai poder sair do hospital quando? – Gina perguntou
- Bem, isso eu não sei. Espero que estejam satisfeitos, Ronald e Jorge – Os irmãos se olharam e acompanharam o pai.
- Você sabe que não foi a nossa intenção pai, não sabíamos que isso iria acontecer.
- É verdade. Ninguém tem culpa. Quer dizer, nós temos um pouco mas, mas..
- Mas o que? Fleur quase perdeu o seu primeiro filho. Eu, meu primeiro neto. Vocês, o primeiro sobrinho. E ainda vêem me dizer que vocês tem um pouco de culpa? – Houve um silencio, Ron e Jorge estavam de cabeças baixas – Andem.
                               Os dois desceram as escadas ainda calados. Era totalmente perceptível que os dois se sentiam culpados, já se sentiam antes das palavras do pai, imagine agora. Ao chegar lá embaixo eles perceberam o quanto todos precisavam descansar. Gina e Harry estavam abraçados, os cabelos de Harry estavam totalmente assanhados, usava uma blusa xadrez e por cima um suéter Weasley com a inicial “H”, Gina estava com olheiras enormes e os cabelos amarrados em um coque. Hermione estava ajudando a sra. Weasley a arrumar a mesa para o café da manhã, enquanto Rony estava largado no sofá, abaixando e levantando a cabeça em um cochilo.
                               Ao olhar para todos percebeu que Percy não havia voltado para casa.
- Mãe, onde está Percy?
- Ora, está no ministério, trabalhando. São 7:00 da manhã Jorge.
- Não sei como pensei que.. Ah deixa, eu vou subir e me arrumar, hoje vai ser um longo dia.
                               Jorge subiu e ligou o chuveiro, deixando a água cair na banheira, ele pegou sua toalha e pendurou ao lado do boxe, que não era o dos maiores, mas era muito confortável. Ele tirou seu roupão e se deitou na banheira, onde esqueceu de tudo o que acontecera na noite passada e apenas relaxou, encostou a cabeça na banheira e deixou todos os pensamentos virem á sua mente.. De repente alguém bate na porta:
- JORGE, JORGE ESTÁ AÍ? – Era Rony
- O que? Claro que estou! – Jorge percebeu que havia cochilado, não sabia quanto tempo, mas esperava realmente que houvesse sido pouco – Há quanto tempo estou aqui?
- Oras.. – Rony não entendeu muito bem a pergunta do irmão – Eu sei lá! Acho que está aí há uns vinte ou quinze minutos, mamãe está chamando para tomar café, ande!
                               Jorge rapidamente passou sabonete pelo seu corpo, quase caindo umas três ou quatro vezes, o que o fazia rir de si mesmo. Saiu do banho, pegou seu roupão e vestiu um jeans. Uma blusa social branca, acompanhada de uma gravata preta e um paletó por cima, azul cintilante, passou perfume, escovou os dentes e desceu.
                                                                                                ***
- Droga, faltam apenas quatro dias para nós voltamos a Hogwarts. Mal posso acreditar.. – Ron resmungou
- Isso é ótimo! Já li alguns capítulos que vamos estudar, e me parecem muito interessantes, bem, eu não tenho tantas matérias para estudar como vocês dois, pois eu adiantei tudo ano passado mas..
- Pão Hermione? – Ofereceu Harry. Ela riu e aceitou o pão.
                               Jorge mal se deu conta de que já estavam há três dias do natal. Ele não tinha idéia do que dar para a família e para Angelina, principalmente.
                               Ao terminar seu café da manhã aparatou para o Beco Diagonal, n°90, onde tinha uma loja chamada “Gemialidades Weasley”, a maior razão de ainda estar vivo. Ele entrou e encontrou Winky lavando o chão cantarolando uma música, apenas deu bom dia a ela e se dirigiu a seu escritório, onde pegou o caixa e o colocou em cima do galpão. Abriu a loja ás 10:00 em ponto, e recebera muitos clientes. Um deles, Simas Finnigan que passava com a mãe..
- Jorge! Como é bom ver você! Como anda?
- Bem Simas, e você?
- Bem também. Sinto muito por..
- Não precisa sentir muito, eu estou bem – Jorge notou Simas corar.
- Fazendo muito sucesso com a loja?
- Ah sim, muito. Ainda bem. Mesmo sem Fred tenho tido idéias boas e conseguido vender muitos produtos. E você, ainda em Hogwarts?
- Não.. Mamãe não quis que eu voltasse ainda esse ano. Achou cedo demais que eu voltasse logo após a guerra, uma pena. Pois eu queria muito ver Harry, Rony, Hermione, Gina, Neville, Luna. Dino eu mantenho sempre o contato, mas sinto falta das outras pessoas sabe.
- Entendo.
- Valeu Jorge, agora eu tenho que ir, vim fazer compras com minha mãe – Jorge notou uma expressão de desgosto em Simas – Você sabe como é. Tchau.
- Tchau!
                               O dia seguiu completamente normal a todos os outros. Ás 18 horas Jorge estava fechando a loja e Angelina vinha andando tranquilamente as ruas do Beco Diagonal ao seu encontro. Os dois davam um longo beijo e um abraço apertado, assim seguiam de mãos dadas conversando e rindo. Até que chegava o momento em que Angelina dizia “está na hora, está ficando tarde”, os dois davam mais um longo beijo e cada um tomava o seu rumo. Ao chegar em casa Jorge encontrou toda a família reunida, rindo e conversando, incluindo Percy, que parecia bem descontraído.
- Jorge, que bom que chegou, estávamos ansiosos para lhe contar – Rony falou
- Contar o que? – Disse colocando seu paletó no cabide ao lado da porta
- Oras.. Fomos visitar Fleur hoje! – Gina falou
- Como assim?
- O horário era de 15:00 ás 15:50, toda a família foi, rimos bastante. Ela está se recuperando, está quase boa.. – Percy falou
- Você foi? E eu não? Por que ninguém me avisou nada? – Ele se sentia excluído da família, até porque o assunto o interessava bastante
- Papai avisou hoje cedo, você não lembrou? Mas não tem problema cara, amanhã nos vamos de novo, e a notícia boa é que.. – Rony falou
- Que?..
- Fleur vai sair do hospital amanhã, ela está 90% recuperada, amanhã estará 100% e voltando para casa, não é ótimo?
- É sim, posso ir pegá-la pai?
- Hmm.. A família toda vai, não é seguro aparatar, então Percy conseguiu um carro no ministério – Percy estufou o peito, orgulhoso de si mesmo – e então eu levarei ela de carro, o resto da família vai aparatar, terá um jantar amanhã.
- Estou muito feliz por ela.
- Deve mesmo. Afinal, você e Rony foram os causadores de tudo isso – Sr. Weasley falou com rigidez
- Pai, não precisa nos fazer sentirmos mais culpados. Temos consciência do que fizemos, e estamos dispostos a pedir desculpas a Fleur e toda a família pelo que fizemos, agora eu vou comer, estou faminto – Ele se sentou a mesa e atacou os bolinhos – Está uma delícia, mãe.
- Então, quando Angelina vem para cá de novo? – Sra. Weasley perguntou, Jorge engasgou levemente – O que?
- É. Seria legal – Rony falou. Era visível que queria dar todo o apoio para o irmão depois da briga que tiveram.
- Bem.. Eu não sei.. Eu não sei se ela vai querer vir aqui depois da confusão de anteontem.
- Convide-a para jantar conosco amanhã – Sr. Weasley falou
- É – Todos concordaram com a idéia, até Percy
- Eu vou falar com ela, aviso a vocês se ela virá – Assim ele saiu da mesa e se dirigiu ao seu quarto.
                               Após escovar os dentes, tomar banho e se vestir sentou na cama e pensou se realmente deveria convidá-la. E se Rony tivesse um acesso e começasse a trata-la mal ou qualquer outro membro da família? Jorge não queria que Angelina se afastasse dela, ou até terminasse o namoro por causa de sua família. Ele resolveu então escrever-lhe uma carta. Sentou-se na mesa onde havia vários rabiscos, talvez alguém tivesse escrito com muita força, ele molhou sua pena no tinteiro e começou:
“Para: Angelina Johnson.
                                                                                                                                                                                                                            Oi, espero que não esteja dormindo quando a carta chegar aí. Bem, Fleur sairá do hospital amanhã, e minha família resolveu fazer um jantar, e todos me pediram para convidar você, acham que é uma boa para conversarem e se conhecerem melhor. Então, você topa? Eu prometo que não vai acontecer um escândalo como da outra vez, eles já estão aceitando o nosso namoro.
                                                                                              Por favor responda o mais rápido possível,       
                                                                                              Com amor, Jorge Weasley.”
                               Jorge leu e releu a carta várias vezes, procurando erros, ou simplesmente perguntando a si mesmo se estava convincente, se Angelina iria aceitar jantar com a família, que dois dias atrás havia “recusado” ela como sua namorada. Ele não podia mandar a coruja por Errol, demoraria horas e horas para chegar.
                                                                                            ***
- Ronald, pode me emprestar Píchi? Errol não vai conseguir mandar esta carta rápido.
- Pode pegar, com prazer – Jorge pegou a coruja e agradeceu ao irmão, ele prendeu a carta aos pés de Píchi e o mandou “envie esta carta para Angelina Johnson”. Uma hora depois Píchi apareceu, mas sem nenhuma resposta. Jorge ficou apreensivo, achou que Angelina com medo de dizer não, preferiu não enviar resposta alguma. Ele se deitou na cama e ficou pensando, não tinha como dormir. Até que quando cochilava levemente, ouviu piados altos em sua janela, era uma coruja preta, quase imperceptível, nunca havia visto aquela coruja antes. Ele pegou a carta que havia em seu pé e deu um pouco de água a coruja que logo desapareceu na escuridão.
Para: Jorge Weasley.
                                               Estou tão feliz por ler cada palavra aqui escrita. É claro que eu vou amanhã com você, passo na Gemialidades no mesmo horário de sempre e então seguimos até sua casa, o.k?
                                                                                                              Eu amo você!
                                                                                                                             Angelina Johnson”
                               Jorge subiu na cama e pulou, bateu a cabeça no teto e levou as mãos á testa, “Ai! Bem, com testa machucada ou não, Angelina vem jantar conosco e disse que me ama” ele desceu e pulou no chão, de repente Percy abriu a porta, ele fingiu ter pisado em uma tarraxa e continuou pulando, Percy perguntou se ele queria ajuda, mas ele apenas disse “está tudo bem, apenas uma tarraxa” – Percy não parecia muito convencido, mas apenas fechou a porta e foi se deitar.
                               Jorge dormiu como um anjo aquela noite.
                               Ele acordou ás 8:00 com sua mãe lhe chamando para o café. Apenas respondeu “estou descendo”, se levantou e foi de pijama mesmo. Sua mãe lhe perguntou que horas havia dormido, pois não parecia descansado. A família (tirando Percy, que havia ido para o Ministério) estava reunida na mesa tomando café e conversando sobre a volta de Fleur. Jorge avisou a todos que Angelina iria comparecer, e pediu que todos se comportassem, lançando um olhar para Rony que desviou e apenas disse “legal”. Disse que iria encontrá-los no St. Mungus e voltaria para a Gemialidades onde pegaria Angelina e voltaria para casa. Após o café ele subiu, tomou seu banho e seguiu para mais um dia de trabalho.
                               O dia não foi tão bom, não até as 15:00 horas da tarde. Jorge só conseguia pensar em como seria o dia, o jantar, o pedido de desculpas. Recebera alguns clientes, nenhum conhecido, resolveu andar algumas vezes pelo Beco Diagonal e visitar algumas lojas, ver como andava o movimento e, acima de tudo, espairecer. Winky perguntou-lhe se estava nervoso pois não parava de andar para um lado e para o outro, fora que havia confundido duas vezes o preço das vomitilhas, e confundir preços não era de Jorge. Até que enfim, o relógio apontou  14:55 e ele aparatou para a porta do St. Mungus.
                                                                                              ***
- Dia – Ele cumprimentou a balconista – Vim visitar Fleur Delacour Weasley, poderia me informar o quarto?
- Nossa! – A balconista parecia espantada – Quantos de vocês existem?
- Como assim quantos de nós?
- É. Ruivos, sabe? Ontem mesmo vieram uns cinco ou seis. Foi uma bagunça total, tivemos que expulsar dois porque estavam brigando, um meio alto e desengonçado e o outro altura mediana e os cabelos encaracolados, tinha uma postura de durão sabe? Todos queriam ver Fleur e o bebê.
- Rony e Percy – Ele pensou alto
- O que?
- Não é nada. Só me diga o número do quarto, por fav.. – Ele foi interrompido por uma onda ruiva – Ah, olá – Era sua família, Sr. e Sra. Weasley, Rony, Percy, Gina, Hermione e Harry – Estou tentando conseguir o número do quarto, mas ela estava me contando da bagunça que fizeram ontem – Sra. Weasley se precipitou para o balcão
- Oh sim, peço desculpas. É que meu filho Rony sabe, o mais alto..
- Mãe, o número do quarto – Percy falou
- Ah qual é, estivemos aqui ontem, o quarto é 123B – Rony seguiu para o elevador
- Ei! Esperem! – A balconista gritou apoiando seu corpo no balcão – Vocês não podem entrar, não todos de uma vez, são muitos! E eu preciso dos nomes de cada um.
- Mas.. Mas ontem a outra balconista não precisou de nosso nome – Rony falou
- Ronald, não discuta. Apenas dê o nome – Hermione retrucou
                                               Assim fizeram uma fila. Arthur Weasley. Molly Weasley. Percy Weasley. Jorge Weasley. Ronald Weasley. Hermione Granger. Harry Potter. Após todos dizerem os nomes ela pediu que cada um assinasse ao lado de seu nome, todos acharam estranho, mas assinaram calados. A mulher soltou gritinhos e disse:
- Finalmente! Esperei muito por todos os seus autógrafos! Vocês são muito corajosos, todos vocês! O que seria de nós? Bem, digo, vocês derrotaram Você-Sabe-Quem – Todos seguraram o riso até o elevador, onde riram até a barriga doer. Não era a primeira vez que isso tinha acontecido, mas normalmente era só com Harry, Hermione e Rony.
                               Todos se acomodaram no “quarto” de Fleur e conversaram bastante sobre todos os assuntos. Era uma salinha pequena onde havia uma cama e alguns aparelhos eletrônicos ao lado. Logo em frente havia um berçário e algumas cadeiras, ao lado da cama havia um sofá que virava duas ou três camas, onde Gui estava dormindo. Os Weasleys foram expulsos da sala, pois não queriam sair antes das 15:00, o médico, Patte Boseng deu alta mais cedo para Fleur, ou haveria uma guerra contra os Weasleys no St. Mungus, Fleur já andava e saira sorrindo, foi levada para casa assim como todos os Weasleys, exceto Jorge. Que voltou para Gemialidades.
                               Winky preparara para ele um suco de abobora, mas estava horrível, ele bebeu fingindo estar ótimo, pois assim a elfo não iria tacar sua cabeça no chão ou qualquer outro tipo de auto-punição. Ele fechou a loja e sentou-se na calçada, após dez minutos, olhou para o lado e viu uma menina alta, morena e com os cabelos voando, Angelina. Ao chegar até ele os dois deram um rápido beijo, ele enroscou o seu braço no dela e os dois aparataram até A Toca. Ao parar na porta ele olhou de canto para ela e perguntou:
- Pronta?
- Sempre – E assim Jorge abriu a porta d’A Toca.

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